Eficiência Energética em Sistemas de Vapor 10: Gestão de Energia

Ao longo de nossa série sobre eficiência energética em sistemas de vapor apresentamos diversas dicas de oportunidades de redução de consumo energético com vapor. Porém, tão importante quanto identificar e implantar melhorias é a sua manutenção e definição de novos patamares aceitáveis. Assim como todo programa de melhoria, esse também deve ser um ciclo contínuo, sempre melhorando.

Conceito esse que nos leva à nossa próxima dica: Gestão de Energia.

 

Dica 10: Gestão de Energia

Gestão de Energia é o nome que eu utilizo para determinar um sistema capaz de monitorar e captar dados para tomada de decisão com relação ao uso e aplicação e determinar metas de redução de energia. No nosso caso, voltado ao vapor.

Conceito similar ao de Sistema de Gestão de Energia, definido pela ISO 50001:2011.

Para implantação de um sistema de gestão de energia para vapor, sempre recomendo primeiro entender qual a situação atual: qual combustível, quais outras fontes energéticas, qual aplicação do vapor, quem são os consumidores, etc.

A partir daí, é possível definir quais parâmetros podem ser medidos. Alguns exemplos para geração de vapor:

  • Medidor de vazão de combustível
  • Medidor de vazão de vapor
  • Medidor de temperatura da chaminé
  • Medidor de vazão da água de reposição
  • Medidor de temperatura da água de alimentação
  • Transdutor de pressão de vapor
  • Célula de O2 na chaminé

Com essas medidas é possível estabelecer alguns parâmetros, tais como:

  • Kg vapor/Nm³ de GN
  • % de reposição
  • Eficiência da caldeira (método direto)
  • Eficiência térmica da caldeira (método indireto)
  • MJ (GN) / unidade de produção (peças, kg de produto, etc)

Conhecendo os parâmetros, é possível estabelecer linhas de base ou linhas de referência para acompanhar o desempenho do sistema. Ao saber qual parâmetro está fora do esperado, é mais fácil de identificar a causa raiz de aumento de consumo.

Dessa forma é possível também medir os ganhos reais de melhorias implementadas, a partir das linhas de base.

Outros recursos que podem ser medidos e controlados são:

  • Energia elétrica: utilizada para alimentar o painel de controle da caldeira, os atuadores e os motores das bombas de água e do ventilador.
  • Água: consumo de água por ton de vapor produzido por exemplo. A redução pode ser realizada pelo ajuste de purga e redução de vazamentos da linha.
  • Ar comprimido: algumas válvulas podem ser operadas por ar comprimido. Ou seja, são potenciais pontos de vazamentos e desgastes, que devem sem eliminados.

Preferencialmente, essas informações devem ser disponibilizadas em um sistema (software) para monitoramento e armazenamento das informações. Pode também se integrada com outros sistemas de gestão de energia de outras utilidades, como ar comprimido, refrigeração e bombeamento.

 

Conclusão

Sem dúvida, ações de redução de consumo energético são importantíssimas, porém, tão importante quanto é a sistemática para manter e melhorar essas condições. Há diversas opções para isso, mas é sempre bom entender o que realmente você precisa.

Dentro da sua indústria, do seu cenário, há algum tipo de controle de parâmetros energéticos? Como é realizado esse controle?

Dúvidas, comentários, dicas, recomendações de sistemas? Deixe seu comentário abaixo ou entre em contato: contato@togawaengenharia.com.br.

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Crédito da Imagem: Schneider Electric

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