Eficiência Energética em Sistemas de Ar Comprimido 1: Vazamentos

Seguindo nossa série sobre EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS DE AR COMPRIMIDO, iniciaremos com foco em redução de desperdícios. E nisso, ninguém é mais perigoso que os vazamentos.

 

Dica 1: Vazamentos de Ar comprimido

Como vazamentos de ar comprimido entendemos a fuga do ar para o ambiente de maneira não intencional (diferentemente de sopradores e secadores), por furos em mangueiras, conexões, flanges, purgadores com passagem, válvulas e engates. Ou seja, ar comprimido que não é utilizado para seu propósito fim.

Sabemos que o ar comprimido é um insumo importante na indústria e sua produção está diretamente ligada ao consumo de energia elétrica, de forma ineficiente. Aproximadamente, apenas 10% da energia consumida pelo compressor é transformada em trabalho, o resto vira calor. O que torna o ar comprimido uma utilidade extremamente cara.

Ainda assim, na indústria em geral é possível encontrar vazamentos da ordem de 30-40% da capacidade de geração, normalmente ocasionado pela falta de manutenção ou instalação incorreta. Como parâmetro, assume-se como aceitável vazamentos de 5-10% da capacidade de geração.

Apenas como referência, em uma rede operando a 6 bar, um único furo de 1 mm de diâmetro permite a fuga de 0,06m³/min de ar, o que equivale a 2.160 kWh/ano. Ou seja, energia pra caramba jogada fora.

Vazamento na linha de distribuição causam, além da perda do ar, redução da pressão do ar disponível na ponta de consumo, exigindo que o compressor trabalhe em pressão ainda mais elevada, reduzindo ainda mais sua capacidade de geração.

 

Mas como reduzir os vazamentos?

O ar é naturalmente invisível, portanto a melhor forma de detectar vazamentos é pelo som. Com o auxílio de um ultrassom, é possível identificar exatamente o local do vazamento e determinar, pela intensidade do som, quanto ar é desperdiçado.

 

Em levantamento que já realizamos, identificamos que a maioria dos vazamentos pode ser eliminado por ações simples, como fixar melhor a mangueira no engate rápido ou substituir mangueiras furadas e componentes desgastados. São poucas as ações trabalhosas e de “grande escala” que demandam parada da linha de ar comprimido.

Com o objetivo de maximizar esforços e resultados, é mais interessante trabalhar com a gestão do vazamento, e não apenas com a identificação. Através de uma sistemática de gestão, é possível identificar os vazamentos, classifica-los e propor ações para sua correção e não recorrência. Isso porque, normalmente, o trabalho para identificar e consertar um vazamento crítico é o mesmo para um leve, porém os resultados são bem diferentes.

 

Conclusão

Os vazamentos são a principal causa de desperdício de energia em um sistema de ar comprimido. Podem elevar seu custo de produção, reduzir a disponibilidade de ar no sistema e impactar na capacidade da produção.

Tem percebido a “falta de ar comprimido” para sua fábrica? Antes de investir na aquisição de um novo compressor, invista na eliminação de vazamentos. Certamente o resultado vai surpreender.

Além disso, precisando de uma auditoria energética na sua linha de ar comprimido (identificar e gerir vazamentos)? Pode contar com a gente para isso!!!

 

Como sempre, comentários, dúvidas ou sugestão de assuntos são sempre bem-vindos. Deixem seus comentários ou entre em contato: contato@togawaengenharia.com.br.

Crédito das imagens: Atlas Copco e Internet

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