Vapor é um dos insumos mais importantes na indústria. E sua geração é realizada pelas caldeiras. Essas são equipamentos que podem apresentar riscos à operação se alguns cuidados não forem tomados.
Aqui apresentaremos 05 dicas que podem fazer a diferença quando falamos de segurança de operação de caldeiras.
Se preferir, assista ao vídeo que fizemos sobre o assunto no nosso canal no Youtube.
Dica 1: Teste diariamente o intertravamento dos instrumentos de controle e segurança
Para garantir que todos os instrumentos e intertravamentos estão funcionando corretamente, teste-os diariamente. Simule situações de alarme e verifique se os sistemas de controle e alarme respondem conforme esperado (alarme e parada da caldeira).
A quantidade de instrumentos e rotinas de segurança podem variar de equipamento para equipamento, porém pelo menos os seguintes devem ser testados:
- Intertravamento de nível de água
- Pressotato de alta de vapor
- Pressostato de alta de gás (em caso de gás)
- Sensor de chama
Além disso, crie uma rotina de manutenção e calibração dos instrumentos e mantenha-os calibrados.
Dica 2: Treine os operadores
A NR13 exige um currículo mínimo de treinamento para os operadores de caldeira. Porém não se limite a isso. Treine os operadores, técnicos, engenheiros e gestores sobre a operação, riscos e manutenção do sistema de vapor instalado em sua unidade e das rotinas de testes e verificações diárias. Apesar de poder serem similares, cada instalação é uma instalação, por isso crie um treinamento específico para sua unidade.
Dica 3: Realize as inspeções NR13 apenas com empresas e profissionais sérios
A priori qualquer engenheiro mecânico pode emitir um laudo e ART de inspeção de segurança NR13 de caldeira e vasos de pressão. Mas, compensa o risco de contratar o mais barato, sabendo dos perigos envolvendo uma caldeira?
Procure apenas empresas e profissionais especializados na área de inspeção de segurança, que sejam capazes de dizer se uma caldeira está ou não em condições de operar. Exija que abram a caldeira, realizem a inspeção interna, testem os instrumentos de segurança e meçam espessuras de chapa. Verificar pintura externa e limpeza dos arredores não garante a integridade do equipamento. Não se esqueça, aqui estamos tratando de vidas.
Diga NÃO aos vendedores de ART “engenheiros” de caneta.
Dica 4: Trate a água de alimentação
Independentemente do tamanho e complexidade do seu sistema de vapor, mantenha um sistema de tratamento da água de reposição da caldeira, pois a água quando não tratada pode trazer diversos problemas à caldeira, tais como corrosão e incrustação.
A corrosão é a degradação parcial das partes metálicas da caldeira (principalmente os tubos da caldeira), podendo levar à ruptura. A incrustação é o depósito de material sólido na superfície de troca térmica, normalmente de material de baixo coeficiente de transferência térmica, formando uma camada que diminui a “taxa de resfriamento do tubo” pela água, causando o superaquecimento e consequente fragilização do material.
Aqui falamos um pouco mais sobre tratamento de água para caldeiras.
Dica 5: Adquira apenas caldeiras certificadas conforme norma de construção
No momento de aquisição de uma caldeira, considere apenas caldeiras cujo projeto E processo de fabricação sejam certificados conforme código de construção de padrão internacional, tal como a ASME Sec. I ou similares da DIN e JIS.
A certificação garante que tanto o projeto quanto o processo de fabricação seguem padrões estabelecidos por associações especializadas e aceitos no mundo todo.
Apesar do custo (quem já implantou alguma ISO, sabe o custo que tem de manter os processos e controles), evite caldeiras de projeto “doméstico” e processos sem controle. Mais uma vez, aqui estamos tratando de vidas.
Compartilhe sua experiência conosco. Descreva-as nos comentários abaixo ou envie um e-mail: contato@togawaengenharia.com.br.
2 thoughts on “5 Dicas para Operação Segura de Caldeiras”