Como vocês sabem, nós somos especializados em Eficiência Energética e Utilidades Industriais. No entanto, recentemente surgiu uma demanda relacionada ao que eu classifico como Engenharia de Produção.
E é sobre essa oportunidade que vamos falar um pouco hoje.
Se preferir, assista o vídeo que fizemos sobre o assunto AQUI.
Problema
Recentemente, um de nossos clientes estava com problemas de diferença de inventário no sistema contra o físico.
Análise Inicial
Começamos o projeto com uma avaliação inicial, na qual foram levantadas diversas possíveis causas. Para isso utilizamos o Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe).
Validação de Hipóteses
Dessas possíveis causas, em entrevista com as pessoas relacionada ao controle da produção e à montagem, identificamos como principais causas:
- Estrutura do produto no sistema diferente da produção real;
- Houve atualizações no produto, porém a estrutura do produto não estava atualizada
- Contagem física incorreta
- Não há endereçamento claro dos componentes
- Costume de identificar os componentes pela descrição e não por código
- Montagem conforme experiência
- No sentido de não seguir a ordem de produção e a lista de materiais, montando “como já sabe montar”
Plano de Ação
Entendidas as principais causas, partimos para o planejamento das seguintes ações:
- Atualizar e melhorar a estrutura do produto: Alterar a estrutura de forma mais estratificada, para organizar melhor os materiais e dividir o processo de montagem em mais operações.
- Criar folha de processo para cada produto intermediário com lista de materiais clara para separação.
- Ajustar endereçamento, armazenagem e identificação de cada componente.
Expectativas
Com essas ações esperamos:
- Garantir que o que for utilizado na montagem seja apenas o que está descrito na estrutura do produto e vice-versa. Havendo diferença, é possível identificar onde e porque há essa diferença.
- Facilitar a localização e armazenagem dos componentes utilizados na montagem e minimizar a chance de utilizar componente errado.
- Minimizar falha de contagem no inventário por não localizar o componente.
- Estabelecer um processo padronizado de montagem, que permita identificar oportunidades e melhora-lo.
- Iniciar o estabelecimento de processos claros para estruturar um departamento de Engenharia de Produção / Industrial.
O projeto ainda não está concluído. Agora estamos na fase de execução na qual eu estou criando essa nova estrutura, lista de materiais e as folhas de processo para cada PI.
Em seguida partimos para a implantação e treinamento do pessoal e acompanhar como se segue.
Mas a parte que eu considero mais importante, o Planejamento e desenho da solução, já está concluída.
Expandindo Limites – Engenharia de Produção
Como comentei no início, essa não é nossa área de especialização, por isso demandou (e ainda demanda) muito tempo de estudo, pesquisa e aprendizado de conceitos como PCP, MRP e Ferramentas da Qualidade.
O que posso tirar de lição desse projeto?
Alguns pontos muito bons que encontrei nesse projeto foram:
- Aprendizado de uma nova disciplina, que me tira da zona de conforto
- Ver que a metodologia que utilizo para projetos de melhoria e de eficiência energética funciona também com outros tipos de projeto. Eu utilizo o PDCA, com muito planejamento, embasamento técnico e visão clara de onde quer chegar.
- Ver que o cliente, mesmo sabendo que não é minha especialidade, pediu minha ajuda por gostar da forma como havíamos trabalhado em outra oportunidades.
- E não me limitar apenas ao que eu já sei, mas ser aberto a expandir horizontes e limites de conhecimento. Elevar a pluralidade profissional.
Bom, é isso pessoal. Tentaremos explorar mais essa área de Engenharia de Produção, pois acredito que poderemos ajudar diversas empresas e indústrias.
Caso tenha alguma dica, dúvida ou experiência que queira compartilhar, entre em contato: contato@togawaengenharia.com.br.
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Até a próxima.
